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Escândalo no INSS: Polícia Federal revela rombo de mais R$ 90 bilhões, e uso de mortos em fraudes

  • Foto do escritor: Ederlindo Paulino
    Ederlindo Paulino
  • 14 de mai.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 14 de mai.

Dinhonoticias: 14/05/ 2025/ as 20:30





Brasília — O maior escândalo da história recente envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ultrapassa qualquer limite de indignação. O que começou como a descoberta de um desvio de R$ 6,3 bilhões, agora já atinge a marca alarmante de R$ 90 bilhões. Investigações da Polícia Federal revelaram que dados de idosos falecidos eram utilizados para abrir contas bancárias, fazer empréstimos consignados e receber benefícios sociais, num esquema que chocou o país.



Fraude no INSS envolveu o uso criminoso de dados de idosos falecidos para desviar bilhões de reais dos cofres públicos.
Fraude no INSS envolveu o uso criminoso de dados de idosos falecidos para desviar bilhões de reais dos cofres públicos.


Um crime além da corrupção: a institucionalização da crueldade


O esquema, que usava a morte e a miséria como ferramenta de roubo, transcende a simples corrupção. Trata-se de uma verdadeira institucionalização da crueldade, em que a morte dos mais vulneráveis foi transformada em oportunidade para enriquecimento ilícito.


Mesmo diante da gravidade das denúncias, o governo, em vez de agir com rigor, articulou sua ampla base de apoio — composta por todos os partidos, com exceção de PL e Novo — para tentar impedir o avanço de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Atualmente, 171 parlamentares já assinaram o pedido, mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sinalizou que pode barrar a tramitação.



STF em silêncio e denúncias ignoradas


Enquanto a sociedade clama por justiça, o Supremo Tribunal Federal permanece em silêncio. A mesma instituição que se mostra diligente em outros casos envolvendo cidadãos comuns e conservadores, agora adota uma postura de inércia.


Carlos Lupi, ex-ministro responsável pela pasta durante o período investigado, é acusado de omissão, ignorando alertas da Controladoria-Geral da União (CGU) que poderiam ter evitado o agravamento das fraudes.


A indignação popular cresce diante do contraste gritante: enquanto uma cidadã foi presa por escrever com batom em uma estátua, os responsáveis por um dos maiores assaltos aos cofres públicos seguem livres.


Beneficiários dos esquemas também mamavam em programas sociais


Outro dado estarrecedor revelado pela Polícia Federal mostra que presidentes de entidades envolvidas nas fraudes também recebiam benefícios como Bolsa Família e Auxílio Brasil, além de estarem cadastrados no Cadastro Único do Governo Federal.


A prática expôs a hipocrisia de partidos que se dizem defensores dos pobres e oprimidos, mas que se recusaram a apoiar o pedido de investigação.


Sistema político mantém suas engrenagens intactas


A queda do ministro envolvido representa apenas uma vitória simbólica. O sistema político corrupto, baseado em blindagens, conchavos e omissões, continua ativo. O Brasil exige não apenas demissões, mas a prisão dos envolvidos, a punição dos omissos e a devolução dos recursos roubados.


"Não é mais uma questão partidária. É uma luta pela decência, pela honra e pelo futuro do país", afirma uma das lideranças da oposição.


O que vem a seguir?


O cenário é de incerteza. Sem a mobilização popular, há risco real de que o escândalo seja abafado nos bastidores políticos.

A sociedade brasileira se encontra diante de uma escolha: levantar a voz agora ou assistir à institucionalização da impunidade.








 
 
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